quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Arte na escuridão

            Por que se entregar ao medo? O medo está em toda parte. O medo move a vida, a vida é uma fuga do medo. O medo da dor, do sofrimento.
           Medo de ser feliz? Medo de derrubar barreiras? Medo de arriscar? De tentar? Por que esse medo?
           A vida é feita de riscos e rabiscos, de altos e baixos, de alegrias e tristezas, de encontros e desencontros. Só sei que quando o medo grita, apela-se ao esquecido místico de Deus. Por que Deus? O que faz Deus?
          Deus o pai de todos? O nome que clama quando se sente sozinho? Deus deu-lhe uma uma vida, um destino escrito com todas as letras, apenas resta o cumprir.
Aprendiz da felicidade. Todos estão destinados a serem aprendizes da felicidade. Qual felicidade? A felicidade que conta cada um, que cabe a cada nós.
         Felizes sozinhos ou juntos, um dia a felicidade virá, mas o medo ainda continuará. O medo é um perseguidor fiel à alma de cada um, é a essência que move os planos e as mentes.
        O medo da escuridão. O que é a escuridão? Quem é a escuridão? Onde está a escuridão? Seria a escuridão o inferno? Só cabe a Deus a responder. A escuridão vista como a tristeza e a dor. A escuridão que cega e que mata. A impiedosa escuridão que um dia persegue cada alma, cada felicidade alcançada. Assim é a vida. A vida é uma arte, logo a arte pode estar na escuridão.
        E agora, o que resta-me fazer? Intitular o meu conjunto de palavras que acabo de compor. Não intitularei com o medo, pois o medo já está em minha vida como em todas as vidas. O medo já me perseguiu o bastante e já me acostumei com a sua presença. A escuridão já está bem-vinda em minha vida, mas como um dia disse um certo poeta, só restarei aclamar aos que enxergam a arte na escuridão.

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