terça-feira, 26 de abril de 2011

Sentido

Me arrisco em uma jornada sem sentido
Que é nada mais do que esta vida
Que vivo cegamente
Em perigos, ilusões, paixões e felicitações...            

Afinal, qual é o sentido de viver sem objetivo?
Objetivo? A razão de viver!
Seja ela por álguem, ou até mesmo por uma utopia.
Uma doce ilusão...
Mas ao menos terá um motivo de continuar respirando.

Ás vezes sinto minhas mãos gélidas,
E me pergunto se eu já morri.
Eu apenas esqueci de morrer?
E meus sonhos? Foram todos em vãos?

Nada é em vão se houver sofrimento.
Não há felicidade sem antes haver sofrimento.
A vida é como um parto!
Sente-se primeiro a dor, o sofrimento,
Logo é recompensado pela felicidade de uma luz!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Maldição da Derrota

Lutastes pelos seus ideais até o seu último suspiro                                
Até restar um último homem, um soldado em vão     
Mas de nada servirá se fugistes na hora da derrota.
O medo é o melhor amigo da tirania.
O medo está apenas nos olhares dos outros.
Os outros? 
Os outros são apenas poeira ao vento
Em um piscar de olhos, eles já se foram
Para onde? 
Enterrar o seus modelos ideais.
O que fazer depois que os heróis se foram?
Enterrar os mortos e reerguer supermercados?
Não há nada fazer... a não ser encarar a derrota
Caso queiras,
Não tenhas medo, sua derrota estará oculta
Nas profundezas de teu coração,
Te culpando cada vez mais pelo sangue ordinário em suas mãos
E será uma maldição para os restos dos segundos
Que te restam! 

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Aprendiz

Seguindo a sombra que me persegue
Descobri a vida fúnebre que seguia.
Aprendi severos ensinamentos.
Digamos alguns.
Não temo mais em dizer
Palavras que devem ser ditas
Mas o sistema nos corrompe!

A solidão era a minha velha e boa amiga,
Mas tinha a incerta esperança
De que uma certa companhia estava a minha espera.
Não temo mais em fazer
Atos que devem ser feitos,
Mas as mentes alienadas me corrompe!

Aprendi que a morte não é uma saída,
É uma fuga da realidade.
Indago, quem poderá afirmar que determinado
sofrimento não nos acompanhará para as outras vidas?
Ouça seus choros, e entenderá a sua sina!


quinta-feira, 21 de abril de 2011

Resgate da Alma

Sinto a singularidade da minha alma                                              
Alma que sinto ser distante
Fria e obscura
Procurando aconchego nas profundezas
De uma salvação.
Salvação? Quem dirás ser a salvação?

A salvação. Onde está a salvação?
Poderia estar no amor? Na alegria ou na tristeza?
Na vida ou na morte?
Lembrei-me! A morte é como uma fuga,
Uma solução, esta deverá ser a razão suicida.

Não cantaremos o suicídio. Ato covarde!
Encare o sofrimento como um ser!
Ser que mesmo não possuindo sua alma,
Sua essência,procura alguém que possa
Resgatar a sua alma das profundezas
De um gélido coração.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Vazio

Sinto-me mal e depressiva                                                  
Quando sinto o vazio deixado por dentro.
Não há doença que haja cura,
Mas só resta-me guardar pelo silêncio.
Ainda ouço seus pensamentos a noite,
Sua chegada e sua partida
Ainda sinto o aperto nas fendas do coração
Quando observava melancolicamente sua partida.
O aperto, não grandes coisas,
Era apenas passageiro.
Até que um dia o aperto tornou-se eterno.
Quando presenciei sua partida
Para até nunca mais, eu acho.
Maldita seja a depressão que nos corrompe!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O canto dos iludidos

O ódio, aonde está o ódio?                                          
É difícil odiar profundamente uma pessoa.
Quanto mais odeia, mais se ama!
O ódio é apenas uma cegueira do amor.
E o amor?
Não se pergunte.
Nem o mestre da psicanálise
Obteve a capacidade de interpretar
Tal maligno ou benigno sentimento.

O amor é uma certa arma,
que quando bem usada
Causa uma profunda ferida
nos corações dos falsos apaixonados.
Enquanto houver cicatriz,
sempre haverá a cicatriz,
nunca deixará de amar!

Agradecimentos a uma grande escritora

Crio este post a fim de agradecer muito a minha querida escritora Simone Sales, que me ajudou a me incentivar fortemente a seguir esta caminhada como escritora.
Além de uma grande escritora também a considero como uma mãe para mim, devido ao seu carinho e influência que venho recebendo desta grande mulher!
Simone, desejo-lhe tudo de bom, além de te agrader, também parabenizo pela seu sucesso e pela grande pessoa que você é!
Obrigada!

Confira: http://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=68953

quinta-feira, 14 de abril de 2011

A lágrima do Oceano

Vasto, grande,
Devasto Oceano!
Pelos meus olhos melancólicos
Observo sua grandeza e poder!
Vasto oceano que um dia levaste uma lágrima                      
Lágrima que um dia pertencera a alguém
Alguém sofrido? Alguém alegre?
Sob os olhares de quem poderá responder?
Lágrima, salgada lágrima!
Amaldiçoa o doce mar!
Afirmo e não temo a dizer que a lágrima
É de tristeza, pois veio do profundo vazio
Da saudade de um cavado coração amado.
Despedida?Desencontro?
Sob os olhares de quem poderá responder?
Lágrima, misteriosa lágrima!
Procuro seu paradeiro nesta grandeza,
Sob os olhares de quem poderá responder?
Uma lágrima amada perdida em um poderio
Vasto, grande,
Devasto oceano...


Navalha Nacional

Das trevas nasce o orgulho
Seu poder é o fanatismo desenfreado
É a foice que a morte carrega enquanto te cerca
Caso seja covarde da morte não diga palavras
Irás conhecer o sofrimento indolor

Ruas sangrentas na idade moderna
A guilhotina é batizada pelo sangue dos soldados reais
O machado perdeu seu lugar a ela
Enquanto se enferruja na chuva da morte
A rainha satisfaz dos prazeres
Seu lenço branco no meio da poça sangrenta
Cabelos grisalhos mostram sua melancolia.

A guilhotina quer beber o sangue do rei
Sedenta por sangue
A morte é indolor enquanto o sangue espirra
Revolução não é nada nesse mundo
A república nasce do Sangue
Salve a navalha nacional!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O Canto das vítimas

O amor é um certo tipo de dor                 
Que finge ser sentimento
Enganando os tolos apaixonados                          
Culpa-se a paixão!

Meu defeito é a minha qualidade,
Apego facilmente ao amor
Sou vulnerável? Sou ferida?
Sou uma vítima!

O amor é sem razão
Sem ciência ou religião,
Assim como os suícidas se matam
sem razão...

terça-feira, 12 de abril de 2011

Sombra

Vejo a última pétala
Da última flor
A cair em meus pensamentos
Imagino se poderá ser o fim
Ou poderá ser o inicio                                                 
Procuro a companhia,
Mas a companhia não me quer
Procuro a luz no fim do túnel
Mas não vejo a escuridão
A sombra, a própria sombra me ignora.
Sombra que já me perseguiu na escuridão
Eu, apenas eu e minha sombra.
Sombra fria e obscura
Será eu nela refletido?
Ou será mais uma de minhas ilusões melancólicas?
Sombra que também procura luz
Luz?Luz para enganar a felicidade?
Luz quero escrever versos com sentidos novamente.
Para descrever o que observei
A última flor a desabrochar

Dedicatória a uma certa lembrança

Lembro-me como se fosse ontem o dia que um dos meus simples poemas foi parar em uma prova de português. Melhor eu contar os fatos de maneira linear.
Estava no 2º ano do Ensino Médio, na época tinha ainda 15 anos, e era época das provas finais do trimestre, aliás foi no último trimestre que tal fato ocorreu.
Como sempre, durante a viagem de ônibus para a escola sempre vinha ao meu lado uma de minhas melhores amigas que faço questão de relatar o nome, a Carol, a qual estava no 3º ano do Ensino Médio na época.
Como de costume, eu gostava de mostrar minhas composições para os meus amigos e colegas, apesar de que alguns acharem minhas criações meio macabras. Então, em um certo dia mostrei a minha amiga Carol o meu poema "Sombra", e também mostrei a minha outra grande amiga que tenho a obrigação de também mencionar o nome, a Isabella Barcelos, que estudava junto com a Carol.
Bem, passaram alguns dias. Era véspera da última prova de português do trimestre, e a Carol juntamente com a Isabella começaram a me dizer que eu teria uma "surpresinha" na prova. Confesso que não fazia a menor ideia do que seria.
Será um grande absurdo não relatar sobre a professora Anna Regina, a minha professora de português e literatura durante o ensino médio, uma grande professora que devo a ela inúmeros agradecimentos pela minha conquista.
Em fim, chegou o dia da prova. Todos os meus colegas já tinham recebido a prova, exceto eu. Achei normal. Mas, de repente começo ouvir o meu nome sendo pronunciado pelos demais colegas. Olhei para um deles, e ele me perguntou: "-Gisela Cardoso é você? Tem um texto seu aqui na prova!" . Eu fiquei pasma, não fazia ideia do que era, porém imaginei que fosse algum texto da aula de redação, mas não. De repente a professora que estava aplicando a prova finalmente me entregou e só me disse "Parabéns!", quando observei era o meu poema, "Sombra", que tinha mostrado as minhas amigas. Confesso que levei um enorme susto, mas minha alegria foi enorme. Esta era a "surpresinha" que me disseram que teria na prova.
Concluindo, gostaria de agradecer muito as minhas amigas, Carol e Isabella, e claro todos os outros meus amigos que me apoiaram, e logicamente também agradeço à professora Anna Regina, não só por ter colacado meu poema em uma simples prova, mas por ter reconhecido e valorizado a minha criação, e ter me passado seus conhecimentos que levarei pelo resto de minha vida, e isto certamente me incentivou muito a continuar colocando meus sentimentos no papel, e seguir minha caminhada como escritora.
Obrigada!